O embate entre o grandioso e o básico, entre a ciência e a filosofia (alerta de repetitivismo ou texto parecido)

Quais são os conhecimentos mais importantes?? Será que existe uma hierarquia entre eles?

Pois eu tenho dito que sim, em prosa e em versos, desde quando me meti a escrever sobre filosofia. Sim, conhecimentos têm uma hierarquia em comum, de modo que uns são (muito) mais importantes que outros.

Mas, quais são os critérios usados?

São os de primordialidade e de abrangência.

Tudo o que eu sei e que corresponde a uma realidade é uma verdade e, portanto, um conhecimento. No entanto, de qualquer conhecimento que o ser humano já descobriu ou desenvolveu, os mais importantes de todos não são os feitos extraordinários de gênios da ciência e sim verdades muito básicas e, ao mesmo tempo, muito difíceis de serem aceitas pela maioria das pessoas (pois exige maturidade filosófica), que eu resolvi chamar de conhecimentos existenciais. Por eles, sabemos e aceitamos que, quando morrermos, não mais voltaremos à vida ou que não iremos viver eternamente, que somos criaturas insignificantes, que o universo não foi criado por um criador, etc... eles são os mais importantes porque encapsulam, estão presentes em todos os outros, que para a nossa consciência não passam de distrações em relação à passagem incontornável do tempo.

A ciência, separada da filosofia, exalta seu potencial de grandiosidade, de desbaratar o mais complicado dos enigmas ou de expandir a tecnologia a níveis muito avançados, mas despreza os conhecimentos mais básicos, mais primordiais, de saber que, apesar de também buscar por verdades, tanto pela observação do mundo quanto pela melhoria de seu domínio sobre ele, toda sua motivação não passa de uma sofisticação de como nos distraímos da frivolidade e da extraordinariedade absolutamente intrínseca do ato de existir.