A NECESSIDADE DE UM ABSOLUTO
Todos nós seres humanos somos munidos de algum absoluto. Todos nós temos necessidade de um suprassentido que norteia os nossos caminhos, independente de sua natureza. Para ser mais claro, cada ser humano, de uma forma ou de outra, tem o seu deus para poder se amparar, principalmente se o sentido de sua vida sofra ameaças de se perder. A não ser que exista una pessoa que aposte unicamente na sua autossuficiência ou, então, que exista uma vida humana que, de maneira estranha à sua natureza, tenha decidido assassinar do coração qualquer ideal, proteção, amparo ou abrigo espiritual, mergulhando assim no mais profundo niilismo, a maior parte da humanidade precisa reverenciar algo, cuja superioridade é capaz de ajudá-la contra as adversidades. É dessa forma que a vida se torna melhor apreciável, haja visto o impacto que o fulgor de um símbolo ou ícone exerce num indivíduo e numa coletividade. Ora, muitos tem como seu absoluto os bens materiais, ainda que de forma inconsciente; já outros, a ciência. E há aqueles para quem muitas deidades devem ser adoradas. Até mesmo os ateus têm o seu absoluto, ainda que de forna um tanto velada. Se no coração deles não há a necessidade de crer e reverenciar o Deus Cristão, certamente terão um substituto para adorarem como forma de encontrarem paz e repouso. Nesse caso, pode ser o próprio estado; ou então, um revolucionário, uma ideologia ou qualquer valor relativo que seja colocado de forma equivocada como um valor eterno e transcendente.