Pesadelo e pureza
Brisa suave que toca meu rosto
Não imagina o vendaval que toca minha alma,
Ao passo da calma que a lua me traz
Emana o tremor que o choro perfaz.
Hoje o vento é dúbio, é pena e peso
Pesadelo e pureza,
Compasso composto em sons bem dispostos,
Disposição despida de mornos trajes
Ultrajantes disfarces em faces termais
Temporais contemporâneos em sotaques eólicos
Assobiando um tempo de ares bucólicos.
Ambiguidade plena, sem nenhuma certeza.
Um suspiro, um espirro, um sussurro
Quem dera fosse apenas um muro,
Não é, pois vento que venta com força
De tanto esforço, ventania será no futuro.