Pesadelo e pureza

Brisa suave que toca meu rosto

Não imagina o vendaval que toca minha alma,

Ao passo da calma que a lua me traz

Emana o tremor que o choro perfaz.

Hoje o vento é dúbio, é pena e peso

Pesadelo e pureza,

Compasso composto em sons bem dispostos,

Disposição despida de mornos trajes

Ultrajantes disfarces em faces termais

Temporais contemporâneos em sotaques eólicos

Assobiando um tempo de ares bucólicos.

Ambiguidade plena, sem nenhuma certeza.

Um suspiro, um espirro, um sussurro

Quem dera fosse apenas um muro,

Não é, pois vento que venta com força

De tanto esforço, ventania será no futuro.

Ânderson Gonçalves Vasconcelos
Enviado por Ânderson Gonçalves Vasconcelos em 10/03/2020
Código do texto: T6884434
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.