Vida é várias em uma.
Estive desconfortável com minha existência em alguns momentos da vida, pois me fizeram crer que a maneira de conduzi-la estava errada, que tamanha era a audácia de fazer o que se quer, menina, pare, e eu parei.
Até que o oposto complementar da vida: a morte, me roubou pessoas importantes, e a partir dali, meu antigo eu teve que voltar, por mais que falem, hoje eu compreendo que não há nada que eu queira falar hoje que me faça fazer falar amanhã, as perdas me mostraram que a intensidade de viver o hoje, não era problema, era apenas a sabedoria de entender que cada dia pode sim ser o último, o meu último, o seu último e até talvez o nosso último, em conjunto ou separadamente.
Não irei me privar de ser, quero poder sentir esses dois sentimentos: o de não querer morrer por estar vivendo momentos incríveis e ao mesmo tempo me conformar caso a morte viesse por ter vivido exatamente como quis, afinal, no presente o passado e o futuro coexistem. E da querida frase "eles que lutem" eu a altero para: "eles que mudem".