A arte da moral

A arte da moral consiste na forma ordenada de alcançar nosso propósito último enquanto seres humanos. Como jamais chegamos a alcançá-lo plenamente, a busca por esse propósito encerra-se somente com a morte. Sendo assim, a moral há de nos acompanhar até o fim de nossas vidas. Ela é, portanto, a arte a guiar nosso processo de desenvolvimento enquanto seres humanos. Essa arte inclui o conhecimento da verdade, virtude e justiça.

A verdade é o desejo natural de todos os seres humanos e dá luz às outras artes. Ela consiste no adequamento entre nossas proposições e a realidade objetiva. É a apreensão correta da realidade, provavelmente evolutivamente necessária e desenvolvida para a sobrevivência da espécie. Por realidade, me refiro a tudo o que existe objetivamente, material ou imaterialmente.

A virtude é o que permite a felicidade. Quando subdesenvolvida, geralmente em consequência de uma má educação na infância, tem como sintoma a depressão. Uma forma comum de depressão nos acomete quando não somos virtuosos porque sabemos que não estamos cumprindo nosso propósito; nós desejamos ser mais fortes, mais inteligentes, mais justos. Desejamos ser pessoas melhores e nos sentimos felizes quando alcançamos esse propósito, mas tristes e frustrados quando não conseguimos isso. Talvez alguns psicopatas não sintam depressão porque são doentes mentais. Somente uma doença mental permite o descolamento das virtudes e de nossa felicidade.

A justiça é a filha da verdade. Não existe justiça sem verdade porque a justiça não é uma criação humana, mas sim uma descoberta humana do que é racionalmente justificável no que diz respeito às formas como tratamos outros indivíduos. Nesse sentido, o comportamento justo é objetivamente demonstrável. A destruição da verdade só pode nos conduzir ao barbarismo e a destruição da civilização, pois a racionalidade das relações sociais é abolida, levando o homem a um estado primitivo e animalesco. Essa é a consequência inevitável dos projetos relativistas socialistas, comunistas, nazistas, fascistas, liberais e até mesmo conservadores, quando estes abdicam da razão em nome da fé.

Eu, o tolo que vos escreve, pede, encarecidamente, que pensem sobre a questão mas que, de forma alguma, acreditem que essas ideias partiram de alguém com conhecimentos e fundamentos sólidos. É o meu pensamento atual, mas perfeitamente falível. Portanto, tome cuidado ao tomar o que eu digo como verdade e continue honesta e corajosamente em busca dela.

Caio Costa
Enviado por Caio Costa em 05/03/2020
Reeditado em 05/03/2020
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