APARATOS INTELIGENTES
Apesar de não ter sido criado um aparato mecânico inorgânico capaz de resolver o enigma da relatividade geral/mecânica quântica, algumas pessoas negativistas espalham o medo inválido de um mundo controlado por máquinas pensantes que dominem e destrua a humanidade, sem perceberem nossa habilidade misteriosa da invenção e originalidade, o aspecto realmente difícil de ser inteligente e totalmente incompreendido até nos humanos, que não foi ainda apresentado pela ciência dos mecanismos e dispositivos tecnológicos que simulam o raciocínio humano.
Como em uma nova forma etérea, o medo de máquinas pensantes e autônomas parece uma encarnação do nosso medo primordial inconsciente de um Deus mal-humorado, onisciente e onipotente nos dominando, em forma de uma preocupação crescente de que algoritmos futuros sejam perigosos com alguma programação maliciosa, ou, implicações imprevistas de algoritmos que podem nos prejudicar.
A inteligência artificial é capaz de fazer equações e pesquisas muito rápidas em bancos de dados. Contudo, o problema com os dados está na atribuição de um valor a uma determinada informação, pois, como valorizar mais um dado do que o de outro, se cada ideia é realmente uma combinação de muitos valores? O computador teria que projetar um novo algoritmo para cada parte da equação para realizar a análise combinatória dos valores, fazendo-se imprescindível projetar um padrão para antecipar no futuro o resultado de uma decisão oferecida, devido a esse conceito ser muito difícil para o homem executar sem projetar um computador, ainda, inexistente.
Nosso inconsciente parece essencial à nossa criatividade, e a nossa psique é muito irracional e caótica em sua imaginação para ser copiada em uma máquina que, pode, apenas ter uma base de dados do que foi feito no passado, sem a habilidade de iniciar e relacionar espontaneamente o legado das influências irracionais do cotidiano em nosso cérebro, muito menos produzir significado, como nas artes, em nossa habilidade única de associar livremente a consciência de nossa própria ignorância e a fluência estética predominante à forma, assim, fornecendo uma experiência de sentido.
A única preocupação válida, mas pequena é a possibilidade do uso de algoritmos capazes de executar ações abstratas melhor que os humanos. Outra preocupação real é o desemprego. Contudo, essas preocupações extremas devem abrir espaço para o reconhecimento de que a inteligência artificial é um evento humano controlado, histórico, científico, tecnológico e social, que, usado com a devida sabedoria trará muitos benefícios para o homem e o mundo.