________________________O TEMPO QUANDO ME OLHA
O tempo quando me olha
- desconfiado -
como se me adornasse em desafio,
hummmm,
comigo não! Me habituei às redondezas de mim!
O tempo
- quando ao sobrar da sua fome,
me olha! Me fermenta diante do fim
em sua sábia penitência, ihhhh...
Mas,
mortal,
mesmo assim,
assobio poesia,
faço que não entendo e
- caminho palavra -
arremedo na metade de mim,
matuta,
gaita nos lábios,
desafinada no esquecimento daquele canto de olho mais antigo
que a morte.
O tempo não me derruba! Não enquanto eu passo diante de mim - poesia!