ROTINA - NOSSO DIA A DIA
Enquanto eu sigo de ônibus para uma consulta médica dona Fulana embarca num Boeing com destino a alguma capital do país.
Dorme o bebê tranqüilamente embalado pela mãe que não larga o celular passeando pelo zap.
Na esquina de uma rua deserta um bandido aborda uma vítima e lhe toma o celular junto com a bolsa.
Em Brasília bandidos de gravata tramam para abocanharem dinheiro público enquanto o trabalhador assalariado passa necessidades.
Deputado Fulano de Tal é atendido especialmente no Sírio Libanês enquanto o pobre lascado enfrenta fila num hospital público.
Briga-se por futebol, por política, brinca-se carnaval e se enche a cara de cachaça, mas na hora de protestar pelos nossos direitos na rua ninguém vai.
A fila de desempregados é grande, mas a fila de apadrinhados políticos mamando em cargos comissionados é bem maior e sem fazer força.