Sem asseveração
O dia era belo depois da chuva, mas acordei sufocado. Problemas por todas as direções, importantes ou não. Pensamentos errôneos que não conseguia esquecer ou superar. O conforto do lar só piorava tudo. O coração disparado num dia calmo. Ela estava longe e a oportunidade fora perdida. Sabia que iria reencontrá-la, mas em outras circunstâncias. Ela teria tudo e você nada. Mas fingiria novamente. Teria coragem até certo ponto. Uma relação forte como uma rosa e a outra frágil como um grande carvalho. Arrepios desavisados e lágrimas de canto de olho se tornavam comuns. Estava errado, mas era inevitável. Coração e cabeça brigando de maneira desordenada. Acalmo-me por enquanto com a surpresa da tinta, mas sei que não irá durar. Talvez nos encantos das palavras, entre uma recaída e outra, seja mostrada a verdade. Enquanto isso eu continuo. Sorrisos não tão falsos, experiências frágeis e arrependimentos que não deveriam acontecer. Os arrepios voltam, mas já sei lidar com eles. Busco consolo em meu passado, divagando sobre o futuro. Tento encontrar o agora. Questiono-me, mas pelos motivos errados. O dia continua. Desejo a noite, mas sem convicção.