Anestésico
Carnaval. É uma relação de encadeamento com a carnalidade. Lascívia.
A meu ver, o carnaval é o feriado da perdição; da vulgaridade humana.
Visualizamos pessoas frívolas e superficiais libertando seus demônios.
Devo ser fundamentado e procedente ao anunciar que não são todos.
Rigorosamente falando, eu menciono essa festividade brasiliense.
Precipuamente, foi-se o tempo da compostura e do equilíbrio da folia.
Eu nunca fui um apreciador ou simpatizante desse baile de máscaras.
Semelhantemente, as máscaras são paramentadas em favor do oculto.
É uma figura moderna do homem do século XXI que ama a aparência.
Nas mídias digitais, risadas de uma orelha a outra camuflam o triste.
Na autêntica existencialidade, depressão e ansiedade angustiam o eu.
É quando ninguém está no auditório e as cortinas da vida abaixam.
O estágio em que você toca a cabeça na almofada e sente o seu eu.
Simultaneamente, o carnaval trabalha como um anestésico existencial.
Uma perversa e depravada comemoração de gente vazia e oca.
Um conciliábulo comunitário e universal a céu aberto de depravação.
A licenciosidade e a imoralidade são vertiginosas. A discrição se perde.
A respeitabilidade e a honradez são anuladas. É o cenário do Brasil.
Entretanto, repetidamente, uma ínfima numerosidade não é inserida.
Todavia, tipicamente, é individualizador de muitos brasileiros. O torpe.
A vastíssima fração brasileira ama e venera a esbórnia e a orgia.
Enquanto o Brasil prossegue no emburrecimento disseminado e total.
A imbecilidade cultural em todos os aspectos promove o colapso.