Me sento dentro do silêncio e penso no barulho de antes...
Onde está aquela gargalhada fácil e com sabor de carinho?
Estou aqui sozinha dentro e fora de mim mesma; uma solidão com cheiro de lágrimas que não caem mas ameaçam...
Cadê você, meu amor?
Cadê sua presença doce, alegre e carinhosa?
Eu ouço seu silêncio perto de mim e quero te chamar, quero gritar seu nome e te trazer aqui...
Será que é possível? Será que tudo pode voltar ao normal, ou estamos presos nesta ausência de nós dois juntos?
Eu não tenho nenhuma resposta, apenas perguntas, mas não ouso fazê-las em voz alta.
E se você escutar e ficar ainda mais triste que eu? Não. 
Continuemos assim nestes poucos momentos juntos. Continuemos como se fosse ontem e como se o hoje fosse chegar diferente.
O tempo não precisa ser linear para nós, não é?
Alguém poderia dizer que eu não estou pensando direito, mas eu insisto em dar voz ao que sinto: saudades.

Saudades de poetar junto, de versejar com companhia, de olhar a chuva e transformá-la em poesia na sua voz; saudade de sua alegria ímpar, saudade de pluralidade de carinhosas palavras e gestos.
Saudade de você! Saudade de nós em mim.
miriangarcia
Enviado por miriangarcia em 24/02/2020
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