VIRTUALIDADE

Atualmente, vivendo numa sociedade sem sociedade, a razoabilidade do pensamento humano, a dedicação, perseverança e a consciência com confiança na causa são constituintes de uma vivência com equilíbrio. Contudo, acontecimentos atuais deixam entrever que as pessoas perderam a capacidade de prever e prevenir.

Decifrar a complexidade do comportamento humano, tem sido uma observação constante, complexa e insatisfatória ao longo da história, pois, nem todos somos criados iguais. Mais difícil ainda é a limitação de nossa capacidade de quantificar e medir o aspecto genético da questão, para facilitar nossa aproximação do entendimento dos componentes ambientais da existência humana.

Existe uma tendência aparente no comportamento atual que pontua o quantitativo acima do qualitativo, além do problema epistemológico da ignorância proposital, resultado da criação de conceitos totalistas para um mundo tão diversificado, desproporcionais no presente, de cabeça baixa para o futuro e dispostos a aceitar falhas óbvias nas concepções atuais inaplicáveis para gerar ações no âmbito filantrópico internacional a fim de, além de outros propósitos, amenizar ou solucionar problemas largamente disseminados, alguns seculares, porque não podemos medir a existência do homem sem um contexto cultural para isso.

Nossa limitação é apenas nossa imaginação e capacidade de calcular as consequências das normas. Contudo, melhoramos à medida que ganhamos experiência, aprendendo a calcular cada vez mais os resultados de nossos atos em relação as regras.

Entretanto, com o passar do tempo estamos aprendendo a controlar melhor como viver em sociedade no mundo, desenvolvendo e entendendo os princípios fundamentais sobre quem somos e o que motiva o nosso comportamento em relação aos outros e as coisas. Pois, quando aprendemos a nos controlar, ficamos mais próximos do significado da verdadeira comunicação.

Nossa vida mental é determinada como um sistema material que pode adquirir, armazenar, processar e usar conhecimento para ordenar suas atividades. Independentemente de os exemplos serem reais, conceitos são baseados em uma ampla definição de vida que, apesar de abstratos são válidos. Embora a informação não constituir um sinônimo de vida, seu uso é essencial à vida, pois, nos mantém vivos.

A representação mental de algo concreto, abstrato ou fictício sobre a comunicação, seja ela análoga ou digital é considerada uma disciplina de baixo prestígio, o que explica o pequeno número atual de pensadores situados nas disciplinas acadêmicas tradicionais da psicologia, sociologia, filosofia e antropologia que formulam pensamentos avançados sobre as comunicações.

Como uma extensão da atividade humana e uma amplificação da natureza humana, a internet, que atende a dois senhores, o estado e o indivíduo é um meio de projetar o controle centralizado, usando ferramentas para monitorar e influenciar o comportamento humano, transformando-o para controlar o que as pessoas fazem e como fazem, além do efeito político nos modos sutis de remodelar nossas vidas e atitudes pessoais e sociais.

Ao mesmo tempo em que cria uma democracia aberta, emancipando a comunicação em um meio de expressão pessoal, o impacto da tecnologia digital no ativismo é limitado e contraproducente, pois, faz as pessoas acreditarem que a informação digital é um substituto digno da atividade real.

Contudo, a exterioridade principal da comunicação virtual entre as pessoas é emocional, frequentemente comunicando emoção como um subtexto emocional da comunicação humana, de importância crítica para o pensamento, mas ausentando o corpo físico, tão relevante, da comunhão social.

A sociedade humana sempre foi vulnerável ao embargo malicioso por parte dos segmentos estragados da natureza humana. Agora, com o advento da internet, o furto de informações pessoais para fins criminosos, entre vários outros delitos, a transmissão de discurso proibido, instigação e coordenação de protestos e troca de informações além das fronteiras, faz-se necessário que esforços conjuntos, determinados e sustentados sejam feitos em outra direção.