Espelhos.
Mirou-o de longe,
Com o olhar arrogante,
Não pensou duas vezes,
Antes de atirar.
Viu o corpo cair,
E lá foi verificar.
De quem era o corpo,
Que acabara de matar.
Ao clarear com a luz tímida,
O corpo caído ao chão frio.
Sentiu um ardor preso a garganta,
E um pensamento confuso e sombrio.
Pois lá estava ele,
Diante do seu próprio corpo.
Mirando seu falecido rosto,
Sem entender o que havia acontecido.
O teu fantasma,
Que a arrogância havia acendido,
Não o fez enxergar,
Que o vulto do outro,
Era apenas ele mesmo... no espelho refletido.