Não Diminua a Dor do Outro

Todos temos uma cruz a carregar, todos travamos uma árdua batalha a cada a amanhecer, todos derramamos lágrimas em oculto, todos temos algo que nos oprime, com o que precisamos aprender a conviver para que não morramos no meio do caminho. Todas as pessoas enfrentam dificuldades que só elas sabem, que apenas elas conhecem o tamanho, não podemos julgar o sofrimento do outro, nem diminuí-lo perante o nosso, todos somos desafiados pela vida.

O que acontece é que não temos a sensibilidade necessária para entender que cada um luta contra os seus próprios monstros e não economizamos em nossas egoístas palavras repletas de julgamento. Nunca entendemos a dor do outro porque nunca estaremos no seu lugar, mas podemos imaginar empaticamente que o mesmo incômodo que sofremos pelas nossas feridas o outro também sofre. Podemos ir além, podemos aliviar as angústias do nosso semelhante.

Não precisamos estudar anos e mais anos para exercermos a nossa empatia, não precisamos ser renomados especialistas na dor humana, a gente só precisa ofertar atenção, carinho, compreensão, deixar um pouco de lado o nosso pomposo ego, permitir que o outro suba em seu próprio palco para que seja acolhido, assistido em sua dor, auxiliado na sua recuperação. É um exercício que exige humildade, que nos incentiva a esquecer um pouco de nós para que nos lembremos da existência do outro. Todos somos dignos ao acolhimento, precisamos exercê-lo mutuamente.