Justiça....
Nas mãos ensagüentadas o dilema
Na violência brutal o eterno tema
Crianças até idosos sem clemência
As vítimas do poder sem paciência
O querer sobrepõe ao sentimento
de respeito ao alheio no momento
em que a cobiça se faz poderosa
a lucidez se veste de cor de rosa
Alheia aos desmandos marginais
Segue cega aos absurdos fatais
Cala a voz da minoria impotente
silencia aos poucos eco ardente
No equilíbrio imponente da balança
Nas vendas a inocência da criança
Nas mãos dos homens a imprudência
E no final lamentos da incoerência