CONSTRUÇÃO, DESCONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO

Os crentes procuram na fé os elementos para edificar a sua convicção na existência de Deus, pois eles têm consciência da sua improbabilidade através dos mecanismos racionais, enquanto os descrentes se agarram às imperfeições naturais e à existência do Mal, como instrumentos para comprovar a inexistência de Deus. Esse contexto, assim como o impasse entre a criação e a evolução, estabelece o permanente “cabo de guerra” entre os deístas e os ateístas, como partes do persistente confronto entre religião e ciência, cujo desfecho dessas divergências, desemboca num círculo vicioso, pois nenhuma das correntes confrontantes pode provar as suas convicções através da racionalidade, com exceção da evolução que se expõe aos olhos de todos.

Com efeito, o elemento que contém a solução definitiva para o “cabo de guerra” chama-se evolução, cujo desenvolvimento se processa em escala geométrica, numa superposição de conhecimentos ao longo do tempo, em todas as circunstâncias do nosso mundo, que é apenas o Terceiro Princípio, e que envolve, tanto a espiritualidade como a racionalidade. Essa evolução, obviamente, também se desenvolve no ser humano, mesmo que mais lentamente. Por exemplo, o Físico brasileiro Marcelo Gleiser, ao chegar à casa dos 60 anos, alterou a sua posição de ateísta convicto, exposta nos seus antigos textos da sua coluna na Folha de São Paulo, e atualmente, na Revista Galileu, ele declara que “nenhuma teoria criada pelo homem é perfeita”, e para completar, tornou-se um dos principais defensores da ideia de que o mundo espiritual não é distante do científico – “ao contrário eles se complementam”, e de ateu convicto e radical, ele migrou para o agnosticismo, mais moderado, que reclama por uma prova, ou uma evidência mais nítida da existência de Deus. Aliás, aos poucos os cientistas estão adotando a espiritualidade, assim como os norte-americanos Charles Hard Townes, Francis Collins, e o britânico Freeman Dyson, todos eles seguindo o exemplo de Albert Einstein, que acreditava no Deus de Espinoza. Mais um pouco de evolução, e o Marcelo Gleiser certamente entrará nesse grupo.

Outra questão, que agrada aos ateístas, refere-se à procedência do Mal. De onde vem o Mal? Eles perguntam, insinuando que Deus (se existir) é o responsável pelo mesmo. Para que compreenda essa questão, o ser humano deve indagar-se: de onde vem o Mal que está dentro de mim mesmo? A resposta para ambas as situações é idêntica: o Mal está na natureza de Deus, e na natureza de todas as suas manifestações do Terceiro Princípio, (incluindo o ser humano) expostas na única parte do Universo, o Terceiro Princípio inteiro, que é a extra geração concebida com a matéria contaminada por Lúcifer, o Príncipe Angélico insubordinado. O propósito é a purificação dessa matéria contaminada, por isso estamos aqui, e a compreensão de tudo será quando, de acordo com (Hebreus 8;11 - “Ninguém terá que ensinar ao próximo, nem a seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior). Na natureza, somos o que somos. Ele e nós, independente de ambas as vontades, daí a nossa semelhança. Concluída esta Geração Cósmica, o espaço vago será novamente preenchido, nascerá um novo Príncipe Angélico oriundo da mesma natureza imutável e independente de Deus, cujo Príncipe Angélico terá a mesma natureza do anterior, e fará a mesma coisa que fez o seu antecessor (Judas 1;6), e toda a história se repetirá em n’lhões de anos, e assim, sucessiva, infinita e eternamente, como se observa, de forma clara e insofismável, em Eclesiastes.

Eclesiastes 1:9,10,11 e 3:15 – O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembranças das coisas que precederam; e das coisas que hão de ser, também delas não haverá lembrança, nos que hão de vir depois. O que é já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.

O Universo é esférico, com sete esferas imbricadas, circundadas respectivamente, pelas sete cores do arco-íris, onde vinte e quatro Príncipes Angélicos comandam as suas Legiões, rodopiando como um Carrossel Cósmico em torno do Coração do Universo, sob o comando do Pai, a Energia Centrípeta; do Filho, a Energia Centrífuga, e do Espírito Santo, a Energia Rotativa, as quais são as Três Constantes Cósmicas que sustentam todas as manifestações substanciais. O Universo se contém em Si mesmo, não tem limites, nem princípio e nem fim, pois Ele é o Tudo, onde não existe o fora, o vazio e a inércia, o que não permite que haja precisão no relógio, no peso, no metro e nem na posição e velocidade das partículas. O Universo simplesmente É. O Universo é DEUS, conforme perceberam o Filósofo Zenão de Eleia (490 a.C - 430 a.C.), o Sapateiro e Teósofo Jacob Boehme (1575 - 1624), o Filósofo Baruch de Espinoza (1632 - 1677) e o Físico Albert Einstein (1879 - 1955). Como Deus é o Universo, Ele está na frente, por detrás, em cima e embaixo dos nossos olhos, e não O conhece e nem O vê, aquele que não alcançou a bênção do novo nascimento, que abre o olho espiritual, e infelizmente, nenhum ser humano poderá ajudá-lo.

I Coríntios 2;14,15 – O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são absurdas; e não pode entendê-las, porque se compreendem espiritualmente. Mas aquele que é espiritual compreende todas as coisas, ao passo que ele mesmo não é compreendido por ninguém.

Para que ocorra a mais ampla compreensão, é necessário que aconteça antes, um evento especial oriundo da Misericórdia do Pai, do Amor e Graça do Filho, e da Unção do Espírito Santo. Ei-lo.

I João 2;27 – E quanto a vós, a unção que dele recebestes mantém-se em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. Mas, a unção que dele vem é verdadeira, não é mentira, e vos ensina a respeito de todas as coisas; permanecei nele assim como ela vos ensinou.

A casta e nobre Virgem Sophia, a inseparável companheira do Espírito de Deus, somente se apresenta àqueles que a buscam com persistência. Ela carrega a “chave” de que o Espírito se utiliza para abrir a porta dos mistérios de Deus, cujos conhecimentos se escoam pelo canal da intuição, na forma de revelações espirituais.

A “Construção” do Terceiro Princípio (onde se encontra o Sistema Solar), é feita pelo Pai, com 100% do material contaminado por Lúcifer: a seguir, a “Desconstrução” é executada pelo Filho, que purifica e recupera 33,3% desse material, e remete 66,6% (Apocalipse 13:18) para a absorção pela Energia Centrípeta (Mateus 13:41,42) e (Zacarias 13:8,9), através das enormes e poderosas centrifugações. A “Reconstrução”, também executada pelo Filho, é a reintegração desses 33,3% ao Reino Angélico de Jesus Cristo, transformados em corpos de luz. (Mateus 13:43) (Sabedoria 3:7) (Daniel 12:3,4)

Tudo consumado, o Filho retorna para o seu lugar, e o Pai instala um novo Príncipe Angélico no assento vago de Lúcifer, e a história se repetirá, “per omnia, saecula saeculorum”, sem que saibamos se os atores e atrizes coadjuvantes serão os mesmos, ou se serão substituídos por suas réplicas.

Com efeito, a versão mais conveniente é a de que haja a substituição, na visão dos 33,3%, pois do reino da Luz ninguém desejará sair, e de que os atuais atores e atrizes retornem, na visão dos 66,6%, pois a versão do inferno para onde irão, deve ser pior do que a versão dele, que temos aqui na terra. Sobre isto, vejamos o que disse Frida Kahlo (1907-1954), pintora mexicana: “Espero que a partida seja feliz e espero nunca mais voltar”. (E eu também).

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 17/02/2020
Código do texto: T6868015
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