O grande erro do Deísmo
Salvo engano de minha parte o grande equívoco dos nossos irmãos deistas é dizer que Deus existe sim, e criou o universo, mas afora as leis deixadas, não interfere em nada. Assim, na visão deista, não existem Revelação, Milagre e Profecia. E nem, pelo visto, possibilidade de comunicação com este Deus. A vida post-mortem seria uma espécie de matrix onde cada qual vivenciaria como num sonho eterno seus ideais (pelo menos já li uma opinião desse tipo). Aliás essa teoria é estapafúrdia.
Deus seria então uma divindade impassível, como no título de um romance de ficção científica de Clifford D. Simak, "O Deus impassível" (não li essa obra mas Simak é um grande autor). Que conclusão tirar de tão extravagante crença? Que Deus criou este universo só por brincadeirinha?
Vem a minha memória a morte miserável de Voltaire, o "papa" do Deísmo. Pude ler há muitos anos em mais de uma fonte. Premido pela consciência este grande inimigo da religião católica (que chegava a dizer "Esmagai a infame", referindo-se a Igreja Católica) pediu um padre. As pessoas que estavam com ele negaram, talvez pensando que delirava. E Voltaire lamentou-se, "Assim morro abandonado por Deus e pelos homens!". Cito de memória. De qualquer modo, a religião de um Deus ausente e indiferente acaba com a virtude teologal da Esperança, negando o Céu e até a Justiça Divina.