A dor de existir
Eu não sei porque existo, ou porque ainda insisto em existir.
A realidade é algo que dói, algo que suporto há anos
E não sei por quanto tempo mais irei suportar.
Talvez tudo seja culpa de uma ingratidão minha
Que insiste em não ver o que de belo neste mundo há.
Mas meus olhos se fecharam para elas
Não consigo vê-las ou senti-las.
Estou sufocando com meus sentimentos.
Com meus exageros e minha ansiedade em querer tudo de uma vez.
Acontece que não enxergo mudanças, não vejo um futuro.
Não consegui ainda descobrir quem sou.
E tenho medo de nunca descobrir.
Meus planos são voláteis
E nenhum deles me atrai por tempo demais
O amor talvez até exista em mim
Mas é descontrolado,
É doentio e faz meu coração sangrar.
Pois, como posso amar tanto outra pessoa,
Quando quero desistir de mim?