Um universo qualquer
Era um domingo qualquer de fevereiro, e me lembro como se fosse hoje.
Eu estava deitado no quarto escuro, tentando acalmar minha mente, pra enfim repousar em um merecido descanso.
Minha nuca lateja, como se a ansiedade quisesse se mostrar fisicamente, como de costume eu viajo, me vendo entre projeções de um bom futuro e um passado perdido.
Em um universo qualquer, a deriva.
Entre cabanas, piscinas, praias, fuscas e gramados, viagens, sorrisos e abraços.
Vivênciando sonhos que talvez nunca (mais) vou ter a chance de lembrar.
Abraçado no travesseiro me dei conta que, mesmo negando, nem eu sei direito o que quero.
Mas se tivesse que dar apenas um palpite,
Dentre todos os universos de escolhas, um único sorriso teu é o que me faria completo.