Doses de Amor e de ódio? (a escolha é do cliente)

09 de fevereiro de 2020

20:06

Acho que quando eu tinha uns quatorze ou quinze anos... Eu tinha essa obsessão de chegar até o fim da vida sem nenhum inimigo (ou sem ninguém que me detestasse). O que eu não sabia é que o único jeito de se conseguir esta proeza, seria tendo nascendo morto (e ainda assim, algum maluco poderia me culpar por não ter nascido…).

Isso porque, muitas vezes tudo o que você precisa pra ter a antipatia - ou ódio - de uma outra pessoa... é estar vivo. É estar perto de seres humanos... com toda essa descarga humana de sentimentos que não jamais sabemos lidar. Às vezes basta um “não”.

Às vezes tudo o que você precisa; é discordar de alguém, de suas crenças... discordar do tipo de comida que ela deveria mastigar na janta ou que time de futebol ela torce... É engraçado, dificilmente se mata por motivos plausíveis.

Sem contar aquelas que te odeiam pelo fato de você não amá-las! Ou aquela situação tão corriqueira em que duas pessoas que se amaram, agora, frente às mudanças ou a ausência desse amor... Não veem solução melhor pra tratar deste luto, que não seja uma boa dosagem de ódio mortal.