Sombra sem sombras, folhas se movendo no inverno

Correndo contra o vento, enquanto parece seguir em câmera lenta. Sombra sem sombras, rei dos próprios medos, perdido tentando encontrar o caminho para fora do castelo, procurando por um lugar dentro da própria alma, onde os demônios não estão. Fora de contato, sabendo como é sentir-se sozinho, andando entre as mentiras de dizer que está bem ou em meio as falas falaciosas que dizem para superar isso, vindo daqueles que caminham sempre de olhos fechados. Dor que as vezes, não se consegue descrever, afundando em um oceano gelado, enquanto se encontra perdido entre desejar não se sentir desse jeito e ter se acostumado mesmo sem saber. Pensamentos bagunçados, que levam ao entendimento que, apesar de ser verdade quando dizem, que é bom estar sozinho, não se pode aprender tudo por conta própria. Será que para se ter humanidade é preciso está na humanidade? Armadura sem peso, voando ao vento, esperando por uma queda, tanto tempo para fingir que não há nada errado, ninguém nunca perguntou o motivo. Folhas se movendo paralisadas, uma busca... uma procura para manter a dor menor.