Alguém perdido, nunca conhecido

A despedida de alguém nunca conhecido, talvez somente um amigo perdido sem nunca ter tido. Brisa solitária, a desaparecer contra o vento, mundo adormecido, preso em constante inverno, como um lugar deslocado no verão. Lugar de janelas profundas, porém infelizmente sempre a encontrasse fechadas, vista a frente, o desconhecido a nossa volta, ruínas invisíveis e belezas ocultas. Uma sombra sem nunca ter sido vista, se apagando em meio ao azul gelado, habitando entre frágeis redomas que tentou tocar, onde o espaço desocupado sempre está lotado, por castelos de cartas que permanecem caindo. Centelha sozinha, andando em um lugar, que parece a muito acostumado a não querer mudar. Alma desconhecida, desaparecendo, como alguém perdido sem nunca ter tido, nunca conhecido.