Amar e mudar as coisas
As vezes nos apegamos a coisas tão secundárias que pouco tempo depois deixam de fazer sentido e então nos perguntamos, por que?
Dar importância para o que não é importante é desperdiçar a vida com o que não interessa, e convenhamos, nosso tempo não é lá a coisa mais abundante que temos, né?
Recentemente uma pessoa me propôs um bom exercício mental, quando comentei sobre a importância que eu dava a algo fútil, envolvendo uma pessoa que amo. Ela questionou-me: -- Se você descobrisse que só tem mais seis meses de convivência com essa pessoa, isso ainda assim seria importante? -- não seria.
Mas, como lutar com seus demônios internos quando você sabe o que deve ser feito, mas mesmo assim insiste em caminhar sob caminhos errados? Bom, no meu caso, muita reflexão ajudou, conversar com um velho amigo foi fundamental e lembrar do que importa, também.
Em 2019 eu descobri um ídolo. Ouvi todas as músicas do Belchior e foram raras as vezes que não concordei com ele sobre o que dizia. Sua filosofia é a mais simplista possível quando fala do ser humano e suas relações. Ele não ostenta coisas, nem sustenta vaidades em suas letras. Acho que resume bem o que importa na vida na música alucinação, com a frase "amar e mudar as coisas me interessa mais". Então, nesse momento de angústia, depois de muita reflexão, exercícios mentais e papos com amigos. Entendi que era isso, era isso que importava, o resto não tem tanto valor. Amar e mudar as coisas, é isso que me interessa e é isso e somente isso que me proporei a fazer.
Decidi carregar comigo essa marca, como um mantra que me guiará em momentos menos esclarecidos.
É só isso que importa.