A IDADE NO TEMPO

A passagem do tempo é o mais dramático de todos os mistérios. Pois, somos nós e as coisas que passam no tempo.

É um tanto confuso o ensino tradicional dizer que a nossa alma foi criada a partir de toda a eternidade e destinada a nós individualmente, ao mesmo tempo em que sustêm que é uma nova criação para cada um de nós quando passamos a existir, afirmando que, na mente de Deus foi assim idealizado.

Mas, a mente de Deus não é uma parte de Deus, que é inteiro, simples e não tem partes, existindo desde toda a eternidade. Portanto, a alma está lá desde toda a eternidade, pois, ‘existir’, significa ‘em Deus’, assim, não é apenas a alma que existe dessa maneira desde toda a eternidade, mas todo o ser de uma pessoa. Portanto, escolhi pensar, que nossa alma surge a cada momento que nascemos.

Contudo, somente através da intensa consciência do momento presente, poderemos obter a mínima impressão da eternidade.

Mas, a eternidade não significa por muito tempo, pois, eternidade não é tempo, porque o instante presente é uma imagem muito melhor da eternidade que o passado, em razão de o nosso dia, ‘o agora’ é nosso momento para o dia eterno de Deus, porque estamos imersos no tempo. Embora mergulhemos nossos pensamentos no passado e no futuro, sem perceber que nossa vida é sempre agora.

Apesar de nossos pais nos dizerem a data e hora de nosso nascimento, esse evento foi nossa primeira aparição, pois, o verdadeiro começo de nossa vida terrena foi o momento da concepção, o primeiro de muitos momentos na longa jornada de nossa vida. Entretanto, no momento presente, somos tão dependentes da criatividade de Deus como éramos então. Deus está criando o mundo a cada momento. Assim, somos tão novos agora como sempre fomos, quando nossa alma foi criada!

O nosso amadurecimento físico está imerso no tempo, sempre em movimento, tornando a nossa imagem em movimento da eternidade, uma vez que, nossa idade, nossa consciência de nós mesmos agora é tão nova e original quanto o momento de sua concepção, pois, envelhecer não nos torna distante do ato criativo de Deus, porque nosso passado é nossa vida, e nossa vida é sempre agora.