COTEJO

Ser único não é o suficiente para algumas pessoas. Porém, não podemos ser tudo para todas as pessoas! Apesar disso, ser diferente pode ser algo bom, incomparável, até mesmo anônimo. Mas, ser único é insubstituível, superando ser perfeito!

Quando observamos individualmente algo ímpar e desemparelhado, olhando atentamente suas características, não é possível nos desagradar. O desgosto seria apenas um fracasso da imaginação, que não representa uma facilidade para ver o que não existe, mas, para apreciar o que está lá. A comparação não é desgostar, mas é o primeiro passo nessa direção.

Onde existe apenas o único, seja qualquer pessoa ou coisa, as comparações não têm sentido, porque, não podemos perfilar um indivíduo. Mas, podemos nos tornar realmente presente ao indivíduo, pois, não o estamos comparando com mais ninguém ou coisa, vendo-o como a pessoa que ele é. Um filho único é o caçula e também o mais velho, o mais alto e o menor, o mais diligente e o mais rebelde.

A avaliação é uma maneira de olhar desapegada e nociva, uma porta aberta para o enfado, pois, ao procurar as relações de semelhança ou de disparidade que existam entre as pessoas e as coisas, estamos olhando para uma medida abstrata, sem sentimento, sem conexão, nem enxergando nenhuma das pessoas ou as coisas que estamos comparando. Ao classificar tudo e estabelecer alguma ordem de precedência, apenas observando comparativamente, perdemos de vista o incomparável.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 31/01/2020
Código do texto: T6854771
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