CANSANDO DE ESCREVER...

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Pensando às vezes; que toda ARTE PRODUZIDA hoje em dia, dificilmente não será uma mera repaginação (ou cópia) de uma arte criada, num mundo um pouco mais jovem.

A orquestra, as sinfonias, operas, o samba, a bossa, o mpb, o rock… pinturas, esculturas, livros. Tudo o que a gente faz tem a benção de algum vovô ou vovó que da “pedra lascada” fez alguma coisa sublime, perfeita... Maldita hora em que eu trouxe a edição ilustrada do livro “O Corvo” de Edgar Allan Poe. E me vi… e me vi… e vi todos os meus pesadelos. E vi todas as MINHAS noites em claro. E toda a MINHA CRIATIVIDADE, reduzindo-se a …. “obra influenciada por...”.

A vontade que dá é de parar de escrever, sério...

Tudo. Poemas, crônicas, contos. TUDO. Parar de escrever e só pensar em dinheiro. Trabalhar ganhar uma grana, comprar coisas no supermercado, assistir TV, Votar, tentar sorrir pras pessoas. Ser cidadão. Até as coisas começarem a ir caindo… As mãos caindo e não se poder mais trabalhar. Os pés caindo e não se poder mais andar. O pinto caindo e não se poder mais foder. A alma caindo até não se poder mais viver.

SER criativo… novo… inovador… num mundo velho, usado… usado como aquele papel higienico baratinho que compro no Mercado em Lençóis. Talvez seja isso que minha arte mereça (e o mundo também)… que eu a dobre direitinho, com carinho, e depois passe com toda força em meu rabo! E no SEU rabo! E no rabo qualquer um que esteja precisando passar um belo texto num cu cagado...

nãohá novidades, amigo... novidades, das... cria-tividadessss... não há novidades, amigo, não há novidades... aqui.