O que eu aprendi com o amor da minha vida?

Aprendi que o “amor” é muito mais do que a palavra mais desejada no mundo. É, na verdade, um “mover”, onde tudo que há em você se move por outra pessoa... Faz-te mover sua vida por um abraço, uma palavra. Mover seus compromissos para estar ao lado da sua pessoa. Faz-te sonhar e ir atrás até do impossível, o improvável, te da fôlego e vontade de conquistar o mundo, essa foi a maneira que eu encontrei de viver.

Aprendi que um belo sorriso de aparelho é ainda mais belo após ele. Na verdade, aprendi que é muito fácil se apaixonar por alguém de sorriso leve e solto... Mesmo ele sendo a única pessoa que conheci com aquele sorriso.

Aprendi a amar o corpo de alguém, com todos os minúsculos detalhes, aprendi a desejar, me entregar, amar até às orelhas, as sardinhas do rosto, e tudo que para os outros pode ser imperceptível.

Aprendi que uma tarde deitada com aquela pessoa é muito melhor do que passear em Paris. Eu nunca fui para Paris, mas com certeza passaria o dia lá no hotel nos braços do meu amor.

Aprendi que as palavras machucam, mesmo aquelas que falamos sem pensar nos momentos de guerra. Aprendi que essas são as palavras que nos fazem perder o amor da nossa vida.

Aprendi que a paixão dura até quando você considerar importante o cheiro do cabelo da pessoa. Que talvez, em um simples cheiro, gesto você continue a se apaixonar de novo e de novo.

Aprendi que uma hora a menos com o teu alguém, é uma hora a menos de chamego, de carinho, de estar no seu lugar do mundo. Aliás, falando em lugar no mundo, aprendi que ele pode sim ser uma pessoa, entre dois braços longos e uma cabeça que fica sobre a sua.

Aprendi a chorar de saudades, chorar de desejo, por vez, chorar pela partida. Aprendi que quando o amor da sua vida se vai, o chão desmorona, a vida parece perder o sentido, e o coração arde... e como arde.

Aprendi e aconselharia a todas as pessoas a sempre darem o seus máximos por aquele que você ama. Pois a última chance, como no meu caso, pode não chegar nunca.

Aprendi a amar um beijo. Decorar o jeito do beijo, nunca me sentir insatisfeita por ser sempre o mesmo, mas esperar, desejar sempre o mesmo beijo. Como nesse momento em que não posso tê-lo, como eu queria aquele beijo.

Aprendi que nem sempre mil momentos bons vão estar acima de dois ruins, sendo que nunca saberá o quão ruim foi para aquele alguém.

Aprendi a me arrepender, me arrepender por não ter cuidado tão bem, valorizado tão bem, ou talvez, simplesmente compreendido tão bem. E se arrepender dói mais do que a partida, porque é arrependimento pelo que não fez pela pessoa mais importante da sua vida. Se arrepender dói, sufoca o peito, faz sua boca tremer, e até as pontas do seu cabelo se arrepiarem.

Aprendi que correr atrás de alguém não é se humilhar. Correr atrás de alguém é tentar, implorar uma chance e ser negado também é sufocante. Ter total noção de que faria totalmente diferente nunca fará outra pessoa acreditar nisso.

Aprendi a amar, a amar não só sentindo. Aprendi a amar com os dedos, com a pele, com o beijo. Existem milhares de formas de tocar alguém, as vezes, com o pé, com a perna sobre a da pessoa, com a mão entre os cabelos. Amar é simplesmente maravilhoso.

Aprendi que não se coloca 1.6 em míseras palavras. Então aprendi que jamais conseguiria concluir esse texto achando que é o suficiente. 1.6 meses vividos ao lado de alguém, é adentrar a vida de outra pessoa, sempre será indescritível, e absurdamente importante.

Emily Dähne
Enviado por Emily Dähne em 30/01/2020
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