A CRÍTICA

Quando as pessoas não são motivadas pelo cuidado de sua própria confiabilidade, raramente sobrepesam suas imaginações ao se tratar de entender os outros, pois, seus corações são maliciosos.

Seria porque receamos um ao outro como razão de nos empoderarmos para julgar a vida do próximo? A vida do outro pode não ser apenas o que nos parece. A medida que damos é a medida que somos capazes de receber, porque ao julgarmos nos limitamos de forma correspondente.

Em Lucas 6:37 encontramos “Não julgue, e você não será julgado. Não condene, e você não será condenado. Perdoem, e serão perdoados.”

em João 8:7 “Quando eles continuaram a questioná-lo, ele endireitou-se e disse-lhes: "Aquele que está sem pecado entre vós seja o primeiro a lançar uma pedra nela.";

em Romanos 2:1 “ Portanto, você não tem desculpa, você que julga outro. Pois, por qualquer motivo que julgue o outro, você está se condenando, porque você que julga faz as mesmas coisas.”;

em Tiago 4:11 “Irmãos, não caluniem um ao outro. Quem fala contra seu irmão ou o julga, fala contra a lei e a julga. E se você julga a Lei, você não é um praticante da Lei, mas um juiz dela”;

em Coríntios 4:5 “Portanto, não julgue nada antes do tempo determinado; espere até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está oculto nas trevas e exporá os motivos do coração dos homens. Nesse momento, cada um receberá seu louvor de Deus.” ;

Nunca devemos conceituar integralmente o outro à luz do que ele faz ou deixa de fazer, mas conhecê-lo melhor para considerarmos o que o aflige, levando em conta que não teve as mesmas vantagens ou desventuras que tivemos, pois o coração do outro é um mundo oculto, não importa o quão perto esteja de nós.

Como um enigma, a crítica infundada deve ter raízes mais profundas, ou, que incide em outro lugar. Porque, parece ser um problema que leva ao íntimo da questão, por pensarmos ter alguma aplicação de ganho em julgar um ao outro, mesmo quando sabemos que é errado, apesar de não ser útil para nós no nível prático.

No entanto, por ser inerente no julgamento, o ego por si só não é capaz de parar de criticar, pois, julgar é sua salvação. Da mesma forma, não podemos morrer simplesmente decidindo parar de respirar.

Semelhante a experiência e sua interpretação sempre mudando, assim é o ego, uma casa construída na areia, a imagem de quem somos constituída pelo acúmulo de experiências selecionando algumas coisas, vivências e pessoas com as quais nos identificamos e excluímos, que definem o nosso último e irrevogável "eu", a nossa individualidade que nos identifica para todos, para o mundo.

Talvez, negando e abandonando todas as nossas identificações e referências, que não representam a nossa identidade, entendamos a ausência de sentido em pressupor o próximo, e percamos o interesse em julgar outras pessoas, pois, que motivos poderíamos ter para fazê-lo, se Yeshua veio para salvar?

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 27/01/2020
Reeditado em 13/07/2023
Código do texto: T6852094
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