Rios da gente, mares dos outros

Rios serpenteiam pelas planícies da gente, indo misturar-se ao sal dos mares dos outros. Nem sempre a beleza está na grandeza.

Infeliz de quem invade terrenos férteis para tentar espalhar pragas nas plantações sadias. Muito infeliz também, quem, sem ouvir ambos os lados, logo se dedica a servir apenas um. São escravos da ignorância. De que adianta tempo de vivência, se nunca adquiriu experiência?

Tem pessoas que vivem de máscaras. De que adianta exaltar o amor, se não o usufrui na prática? Para quê palavras bonitas, se as ações são contrárias? Caráter não se consegue com moedas. Judas é exemplo. Arrependimento é apenas sinônimo de inquietude da alma.

Perdão é dado apenas a quem tem dignidade, tanto em pedir, quanto doar. São verdades irrefutáveis, que todo ser experimenta de uma forma ou de outra, dada a lei do retorno para todas as benfeitorias e maledicências. O tempo é quem mostra; E a essência é a que sente.

O errôneo é comum a todos, mas a permanência nele é estupidez. A injustiça é a que causa dores e tristezas. A inveja leva ao egoísmo e covardia; E denota a incapacidade de produção no campo do sentimentalismo, do bem estar e fraternidade. Razões se fazem por meios concretos, mas emoções se dão pelo prazer de sentir-se bem ou não, em meio a esses meios, onde tudo pode ter o melhor de nossos rios, em nossas planícies; Ou tão somente o sal dos mares alheios; Estes tão gigantes, mas tão inseguros e solitários; E às vezes traiçoeiros, sem terras a vista.

Takinho
Enviado por Takinho em 21/01/2020
Reeditado em 24/01/2020
Código do texto: T6847142
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