Refletindo sobre o "eu": complexidade e subjetivação
Questões relativas a experiências são complexas. A questão das "marcas", da qual tratei em texto anterior. As armadilhas do inconsciente, aquela parte que vive dentro de nós, que nos constitui, mas da qual somos impossibilitados de total controle. Vez ou outra, ou quase sempre, sentimos seus efeitos. As relações pelas quais passamos e nos dedicamos, ao longo da vida, nos constituem, com as tais "marcas" e nosso objetivo, pelo menos deveria ser, era nos darmos conta das suas estruturas e dos efeitos que elas tem sobre nós. Sei que não é algo fácil, principalmente porque temos que lidar com as pressões externas, como se já não bastasse as internas. É o tempo, as pessoas, os espaços, as expectativas, as responsabilidades, os sonhos, dentre tantos outros.
Esses tempos tenho refletido bastante sobre esses processos, pois estou vivendo um momento intenso de uma necessidade de aprofundar o conhecimento sobre meu "eu", essa características, ou conjunto delas, que anuncio para me distinguir perante os outros, muitas vezes nas negações e afirmações. Na verdade, esse processo de autoconhecimento me persegue.
Hoje me questiono o porquê de determinados acontecimentos, de atitudes tomadas, dos efeitos que elas causa, das ações não realizadas também, o que faz eu me questionar sobre as preferências, e indo para questões mais profundas, pergunto-me o que me move. Por que faço o que faço, da forma como faço? Isso se aplica ao desencadeamento de pensamentos também.
O fato é que é difícil, é intenso e dói.
Vou parar por aqui, porque agora tenho terapia.
Obrigado!
(Continua...)