Tenho dito.

Tenho dito.

Se vos fosse dado o direito.

De uma detalhada escolha.

Pra modo de não mais errarem.

Felicidade em vez de saudade.

Seria a medida certa para a água do prato não mais entornar.

E se estivermos no tempo de acasalamento.

Aff ai e que a porca enrola o rabo.

Pois a minha mandinga e pouca para controlar o amor.

De uma nova escolha deixar falar a alma.

Mas que o coração aprove para mais tarde não vir a sangrar.

E muito triste andar por ai de pire na mão a se minguar.

Se os vossos privilégios não fossem maravilhosos.

Nem diria que moedas de troca para barganhar.

E se nada que vos fale for em vão.

Me procure para vos rezar.

Com comigo ninguém pode, água benta e sapeca iaia

Quero ver o olho gordo não desagregar.

Nessa terra tão fofa que ira fazer o chamego se aprofundar.

Que seja numa segunda feira, dia das almas.

Quero colocar reparo.

Se o que digo e comprido.

Ou as palavras morrem no ar.

Sorriso nos lábios em agradecimento ao velho macumbeiro.

Que com seu discernimento.

Soube bem misturar.

Vontade e amor.

Colocadas dentro de um surrado alguidar.

JC.

Tracaja
Enviado por Tracaja em 17/01/2020
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