Justiça proporcional ou filosófica

Um homem ''famoso'' mandou torturar e matar a sangue frio sua ex esposa, depois que ela o pressionou quanto à pensão do filho.

É um crime hediondo.

Não existe ''justiça divina''.

Ele não vai pro inferno por esse ato cruel, porque não existe inferno. Precisa pagar pelo que fez.

É o esperado em uma sociedade minimamente ''civilizada''.

Não havia razão imprescindível para tal ato, apenas sua sociopatia. É um sujeito perigoso. Por muito pouco, mostrou do que é capaz. Não merece voltar ao convívio público, não merecia sequer continuar a viver. Pena de morte ou no mínimo, prisão perpétua. Com direito à castração química, esterilização. Transformar o sujeito numa criatura mansa porém insociável. Talvez faça trabalhos dentro da prisão mas nunca mais fora dela. Ou, ambientes intermediários, onde possa transitar, mas não mais em ''sociedade aberta''. Esta é a lei da reciprocidade proporcional, o núcleo da moralidade universal ou filosófica, sendo aplicada juridicamente. Mais grave o crime cometido, quanto ao seu nível de crueldade e frivolidade de causa, maior a pena. Faz sentido, não apenas lógico mas também racional. Tem pessoas que parece que já nascem com índoles excepcionalmente torpes. Deveriam ser detectadas a tempo, antes que começassem a praticar seus atos de crueldade. Vezes, o caráter predador se manifesta em sua plenitude de maneira isolada, como o do caso exemplificado. Somos humanos, mas também somos animais. O que tem na natureza, tem aqui. Lá tem parasitas, predadores, mutualistas, tem amor, afeto, ódio, competição... A diferença é que para os outros seres vivos, não existem outros caminhos a não ser a sujeição absoluta aos seus ciclos particulares de sobre-vivência. Estão enfurnados nas cadeias alimentares. Nós, em especial os mais filosóficos, podemos vê-la de cima, panoramicamente. Podemos entender os porquês de nos comportarmos deste ou daquele jeito, de pensar antes, durante e depois de agirmos. Podemos e devemos penalizar quem comete atos cruéis, ou deveria ser a realidade em sociedades ditas moralmente evoluídas. A ressocialização é possível em casos complexos e preferencialmente brandos. Mas nunca em casos graves como este.