NOSSA MENTE, NOSSO SER

A qualidade familiar sentida de nossa vida mental através da experiência consciente é provavelmente a barreira conceitual mais decisiva e deterrente entre a ideia de inteligência artificial sofisticada, por um lado, e a consciência, por outro.

A inconsciência da inteligência artificial destituída de experiência sensorial é incapaz de conectar ideias de maneira flexível em diferentes domínios raciocinando emocionalmente, apenas calculando no escuro, contribuindo coisas como tarefas de reconhecimento visual de uma perspectiva computacional, pois, a consciência não pode ser instalada em substratos produzidos pelo homem. Como uma inteligência artificial experimentaria naturalmente a consciência como algo enigmático e potencialmente difícil de combinar com mecanismos básicos subjacentes e difíceis de explicar? Demais, o entendimento da natureza da solução de problemas, ainda é algo que está nos estágios iniciais da neurociência.

Induzindo uma barragem incessante de atividade neuronal que modifica as estruturas perenes nos compartimentos do sistema nervoso de nosso cérebro, sujeito às intermináveis informações de diversas fontes e à constante exigência de multitarefas, abre um amplo espaço para uma indústria em expansão que atribui qualidades inigualáveis às virtudes de auto-aperfeiçoar o cérebro através de programas de auto ajuda de exercícios mentais para tornar, praticamente, qualquer região do córtex num processador mais eficiente, apesar de as evidências documentando a veracidade de tais alegações estarem pendentes.

Contudo, é observável que, o modo de vida moderno, com as demandas subsequentes de atividades neuronais decorrentes das exigências do estilo comum de vida, suprime os supostos benefícios do exercício cerebral.

Com o surgimento de um desejo de novas e importantes ideias para conduzirem nosso tempo atual e doravante, teorizam que, a fim de atingir o desempenho ideal do cérebro é necessário usar os avanços empíricos da ciência da inteligência artificial sofisticada, através do implante de um microchip para acentuar o alcance e o vigor mental além da hereditariedade e aprimorar nossa memória de trabalho e o desempenho geral do cérebro justificando que, por trás do pensamento de melhorar as funções de nosso cérebro, o conceito é melhorar nossa vida, para nos tornar mais inteligentes e mais felizes, talvez, até vivermos mais, ou ter um cérebro mais sagaz à medida que envelhecemos.

Seguindo essa linha de pensamento, supomos que adicionemos um microchip para aprimorar nossa memória, e continuemos adicionando aprimoramentos e, se esses retoques nos mudarem de maneira drástica pelas quais não sejamos mais a mesma pessoa?

Se analisarmos com atenção o vasto material científico transhumanista difundido sobre a natureza da mente, observamos o intento das empresas que desenvolvem aparatos de inteligência artificial, buscar resolver nossos problemas naturais envolvendo o formato de nossa mente, algo que nos leva à conclusão que, o futuro de nossa mente deve ser mantido integralmente natural, como uma decisão cultural e uma afirmação individual que envolve problemas filosóficos clássicos sem soluções fáceis, como os arbítrios da natureza no campo das realidades que transcendem a experiência sensível e fundamentam as ciências por meio da reflexão com relação à natureza primal do nosso ser no ânimo fundamental da mente e na índole do eu.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 10/01/2020
Reeditado em 11/01/2020
Código do texto: T6838789
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.