Sobre os sonhos

Alguns me perguntam quais são os meus sonhos. Eu não sei se tenho algum, mas quero ter, sempre, a possibilidade de possuir meios necessários ao ato de sonhar, de desejar, de me encantar. Quero poder ser livre para pensar e gritar meus pensamentos, onde quer que eu esteja. Por isso, quero que os outros tenham essa mesma liberdade respeitada, com o intuito de coexistirmos harmonicamente. Sobretudo, estarmos vivos humanamente.

Precisamos ser intolerantes com a intolerância, a fim de garantirmos a perpetuação da própria tolerância. A sua sobrevivência, como já foi dito pelo filósofo austro-britânico, Karl Popper. Voltando à ideia inicial, o sonho não é concreto em si. Não é uma coisa que precisa ser realizada obrigatoriamente.

O conceito de sonho, para mim, é parceiro da criatividade, da poesia. O sonho é intocável. Além disso, ele não tem fim. Os sonhos são o processo. Os sonhos significam o meu sentir viva e poder, com dignidade, prosseguir.