Marcas da Alma

Vírgulas, reticências, pontos-e-vírgulas, exclamações, interrogações e o ponto final; deles são feitas as poesias da vida e fica aqui minha humilde opinião:

Não é porque um amor acabou ou foi efêmero que ele não existiu, o mesmo se aplicando à amizade. Pode não ter sido recíproco, mas existiu. Em um dos corações ele é lembrado, ora com carinho, ora com dor, ora com boas lembranças e mesmo com as marcas causadas pelas cicatrizes.

Quem realmente amou, quem de fato foi amigo, por mais que o afastamento coloque as cartas sobre a mesa, jamais esquecerá alguém a quem tanto tenha amado, o que independe de tempo, mas tem a enorme contribuição da intensidade.

É aquela velha história de querer mergulhar de cabeça em pessoas rasas. A gente se machuca, o coração se parte em mil pedaços, mas nunca, jamais, em um momento sequer, duvidamos que o que sentimos em relação a outrem não tenha de fato existido.

São marcas da alma. Aquelas que ninguém nos tira.