Movimento de viver

Só queria saber da existência da beleza do mundo

Os sopros de vento que de longe move flores e folhas

O frescor do horizonte que por nuvens viajam

As vezes brancas, cinzas ou escuras

O mundo percorre

Guardam a chuva e o trovão

Que em algum lugar para e descarrega

Quem fica embaixo

Aguarda passar

Embaixo das cobertas ou com uma xícara de chá

Também na porta de uma estação de trêm

Ou na rua a se banhar

Alegres são os cães que em matilha brincam

Tristes os que sozinhos sofrem com o abandono

Mendigos mudam de lugar

Esperando uma moeda nova ganhar

Quem sabe o cão triste veja nesse mendigo

Um amigo com um lar

Nisso observo que tudo está em movimento

Uma pessoa, um animal ou a natureza

Assim como o pensamento que aparece

E do nada paramos e tentamos relembrar

Puxa, esqueci

Lá foi mais um juízo que se foi com o vento

Quem sabe foi vago

O que se passa na mente dos outros?

São tormentas, poemas e sentenças sobre o cotidiano?

As belezas estão nisso

Não que a tristeza alheia seja bela

Mas cada um compensa ela como seu jeito de ser

Se une a um com outro e assim se complementa

Assim como o mendigo e o cachorro

Que em muitas paisagens são comuns

Mas complementam o nosso viver

Fazendo entender que é assim que funciona

O sentido de sobreviver.

Querubim Ameno
Enviado por Querubim Ameno em 05/01/2020
Código do texto: T6834813
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