Majestoso

O passar do tempo, esse ser fugaz, deixa-me perplexo. Pensativo. Ah! tempo, jogas tudo no vácuo.

A nada se prende. Ninguém o detém. É senhor de si mesmo. A ninguém obedece, jamais será escravo ou súdito de alguém. Nunca.

Não faz caso das vaidades, das paixões, orgulhos, prepotências, invejas, loucuras, das riquezas.

Procuro grandemente entendê-lo, dominá-lo. E nada. Tento mantê-lo sob controle. Que miserável ilusão!

Invisível, intocável, majestoso. Aniquila a tudo e a todos. Vai aos céus, desce aos infernos. Caminha por sobre oceanos.

Os poderosos, os fracos, os tiranos, os loucos, os normais – todos estão sob seu jugo.

Me deixas confundido, imobilizado, pequeno, inerte.

Ó tempo, a se embrenhar no espaço sideral. Invade os céus, os abismos.

Segue imune, impune, nas manhãs.

A ninguém espera. Não tem alma, compaixão. Tempo, até quando reinarás?

Salatiel Hood
Enviado por Salatiel Hood em 02/01/2020
Reeditado em 02/01/2020
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