Renascimento
Não há muito que se pensar
Uma batalha é travada no silencio
Longe dos olhos curiosos
Eu luto...
Contra a ausência
Contra a falta de espaço
Recuso-me a calar
Enfureço-me...
Ultrapasso o limite
Uma linha tênue
Entre a liberdade e a rebeldia
No corpo sinto o amarrar
Pés e mãos atados
E uma mente em mutação
Que busca incansavelmente sua criação
Como fervilha meus pensamentos
O comum já não me serve
Desarranjo total
Busco por uma runa
Uma que seja só minha
Que comporte o que sou
Que comporte o que busco
As amarras parecem mais apertadas
E não me deixam movimentar
Não será isso a me parar
O que preciso é da minha consciência ativa
Fervilhando...
Jogando tudo pra fora
Escarnecendo os olhos manipuladores
Que não me deixam sair daqui
Com medo do que eu possa fazer