GANÂNCIA

Seria o dinheiro a fonte de todo o mal? A riqueza é algo que deve ser evitado? Esse é um pensamento deslocado, pois, deveríamos remover a vergonha da riqueza como tal e colocá-la onde ela pertence: na dependência da ganância. Entre alguns a repulsa puritana por dinheiro é mantida, fazendo-os sentir ainda mais vazios, enquanto continuam juntando e somando cada vez mais fortuna, se justificando por trás de conceitos que servem de expiação.

O dinheiro não é a contrariedade. Somos nós em nossa ganância humana no exagero de uma vontade natural! Se precisarmos de comida para sobreviver, não há nada errado em comer. Para Yehoshua, que multiplicou os pães como um símbolo da abundância do dom de Deus, a comida é o meio de todas as coisas mais profundas, pois, o reino de Yahweh é um banquete, e a eucaristia é uma refeição.

Porém, a ganância abstrata é quando consumimos mais do que precisamos e mais do que o mundo pode nos dar. Pois, a riqueza não é um direito absoluto. Nosso estômago nos diz quando temos o suficiente para comer, mas não temos um órgão interno que nos diz quando temos dinheiro suficiente. Uma pessoa faminta tem o direito de roubar. Contudo, as pessoas viciadas no dinheiro continuam coletando mais e aproveitando mais de luxo do que precisam, e mais do que o necessário que mundo pode dar, frequentemente cometendo toda a espécie de transgressão para adquirir mais.

Na obrigação de ajudar os pobres, o rico faz uma caridade, cumpre uma justiça, devido à sua distribuição injusta. Porém, uma pessoa verdadeiramente rica não é ninguém que acumulou muita riqueza, mas alguém que doou muito.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 29/12/2019
Reeditado em 08/01/2020
Código do texto: T6829296
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