O Capital e o Natal
O capital é um buraco-negro,
Suga tudo,
Pobres e ricos,
Todos os valores.
O capital é radical,
Usa até o Natal,
Devora seu espírito,
Consome o seu ideal.
O capital usa luzes brilhantes,
Sempre acesas.
Iluminamos nossas aparências,
Escondendo nossas fraquesas.
O Natal passa.
O capital fica,
Continua sugando
Ao seu redor.
Leva você e eu,
Para longe de nosso universo...
Nossa energia se dispersa,
E parece que estamos indo
Por nós mesmos,
Mas somos fantoches.
Nas mãos do mestre capital,
Nos confundimos, inclusive,
Sobre o bem e o mal.