A SUA HISTÓRIA
Você se lembra dos nomes dos seus quatro bisavôs? Isso mesmo, os pais e mães dos seus avôs paternos e maternos. Muito provavelmente você não se lembra e nem sabe quem foram eles, e apesar dos avanços tecnológicos, pode ficar ciente que da quarta geração em diante dos seus descendentes, também, com toda certeza, ninguém se lembrará de você e nem saberão quem você foi.
Essa inexorável circunstância, indica que a sua história pessoal, que você escreveu no desenrolar da sua vida, é escrita com exclusividade apenas para um leitor: você mesmo, que a conhece nos detalhes, e a levará consigo no plano racional e no plano espiritual, no tribunal da sua consciência.
Embora você não consiga guardar na memória a sua história completa, ela retém o suficiente para você obter um sólido conhecimento sobre si mesmo, que não é integralmente compartilhado com ninguém, e quanto a isso, pode ficar tranquilo, pois dessa regra também não escapa ninguém.
O problema está no conteúdo dessa parte oculta, que cada indivíduo
carrega dentro de si, cujo problema é da exclusiva competência e responsabilidade do seu portador. Esse conteúdo, pessoal e intransferível, é o companheiro inseparável até o final da última e inescapável transformação, que não é a morte. Lembre-se de Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, o que significa que a morte, no sentido estrito, não existe.
Quanto a preservação da memória, mesmo que utilizando os recursos tecnológicos da atualidade, e eventuais registros sejam arquivados, após algumas gerações, eles não despertarão o interesse de ninguém, que assim como nós na atualidade, estarão envolvidos com a corrida atrás do vento, gastando todas as suas energias nos seus interesses e conveniências, na sua vez de curtir as doces ilusões, como fazemos agora.
A parte mais importante, individualmente, é que ao contemplar retroativamente a trajetória da história pessoal, a consciência permaneça tranquila, sabendo sinceramente, que o saldo da balança da vida é positivo.
Embora não saibamos nada sobre os nossos mais longínquos antepassados, que eles descansem em paz, e que assim seja conosco também, quando tivermos desaparecido, como anônimos, no túnel do tempo.
Então examinei todas as obras que havia feito e o trabalho que elas tinham custado para mim. E, concluí que tudo é fugaz e uma corrida atrás do vento, e que não há nada de permanente debaixo do sol. Depois examinei a sabedoria, a tolice e a insensatez, pensando: “O que fará o rei que virá depois de mim?” Fará o que já foi feito. Então percebi que a vantagem da sabedoria sobre a insensatez é a vantagem da luz sobre as trevas. O sábio tem os olhos abertos, e o insensato caminha na escuridão. Mas logo notei que ambos têm o mesmo destino. Então pensei: “Vou ter o mesmo destino que o insensato! Para que me tornei sábio?” E concluí que também isso é fugaz. De fato, a lembrança do sábio desaparece para sempre, como a do insensato. Bem logo tudo ficará esquecido; o sábio morre da mesma forma que o insensato. (Eclesiastes 2:11 a 16)
Diante dessa aparente igualdade entre o sábio e o insensato, apressadamente poderíamos concluir que não há nenhuma vantagem em adquirir a sabedoria. Ocorre, porém, que a morte é apenas a penúltima transformação, e não o destino final de ambos, e o Princípio e o Fim (Alfa e Ômega) são a mesma coisa: as Trevas e a Luz, os destinos finais dos insensatos e dos sábios, respectivamente. Aí estão a desvantagem e a vantagem, no destino final: 66,6% para as Trevas, e 33,3% para a Luz, (Zacarias 13:8,9 e Ezequiel 5:2), as duas últimas transformações, que encerram o ciclo de cada Geração Cósmica, e para a melhor compreensão do significado de dois terços (66,6%), basta verificar Apocalipse 13:18. É número de seres humanos.