Pleno!
Posso voar, sim.
Sou tão livre
Como um pássaro
Numa gaiola.
Nem minha imaginação
Vai muito longe.
Saí da gaiola,
Mas continuo preso.
Meu mundo,
Um universo pequeno demais,
Para minhas asas
É infinito.
Não sei se vale
A pena voar para longe.
Poderia apenas
Me recriar aqui.
Libertar-me,
De meus limites,
De minhas correntes mentais.
Soltar minhas asas atrofiadas.
Não,
Ainda não sou livre,
Minhas asas precisam
De treino para ir além
Dos meus sonhos.
Não se tem
A liberdade,
Não é uma posse.
Não é um instrumento.
É um explosão,
Um instante mágico,
Uma transformação:
"Agora sou livre!"
Ou é um singelo instante,
Um momento de paz,
Uma iluminação interior:
"Posso ser eu, pleno!"