REFLEXÃO

Muitas ideias duraram por muito tempo, e algumas coisas que antes pensamos serem verdadeiras podem levar muito tempo para desaprender, e deveríamos ponderar sobre se existem princípios que definem porque esses erros ocorrem.

Na futilidade de nossa ignorância como criaturas sociais, pensamos que o propósito do raciocínio nos auxilia a encontrar a verdade ou achar a melhor alternativa, fortalecendo nossas crenças para tomar melhores decisões, porque consideramos como certo que a finalidade de uma convicção deve ser coordenada com a realidade.

Contudo, pode ser que a função do raciocínio seja mais uma utilidade argumentativa, pois, quando temos uma hipótese, tentamos convencer alguém, argumentando em prol de nosso preconceito e buscando afirmações sobre nossa ideia, como um recurso para encontrar premissas em nosso favor e enfraquecer a objeção, o que nos leva a um viés de confirmação embutido no raciocínio como um tipo de obliquidade cognitiva e uma imprecisão de raciocínio indutivo, como uma expressão sombria da natureza humana nos conduzindo a tomar decisões negativas e acreditar em tolices. Não fôssemos atraídos somente por indicações que confirmam o que já acreditamos, seríamos mais competentes e melhor sucedidos.

Sem bem analisarmos, a razão humana tem pouco a ver com a realidade, pois, a função do raciocínio está enraizada na comunicação, no ato de tentar convencer outras pessoas de que aquilo que acreditamos é verdadeiro, criando um tipo de ficção mental que domina nossa percepção.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 13/12/2019
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