A casa ao lado do abismo.
O vento forte,
Fazia as estruturas da velha casa tremer.
Ao lado do abismo,
Parecia ser o último lugar que alguém queria estar.
Mas dentro das velhas paredes,
Ao lado de móveis empoeirados,
Vivia ali sozinho,
Observando seus retratos.
Disseram que ele já soube sorrir,
E foi um homem admirado.
Mas pelos rumos da vida,
Acabou ali largado.
Disseram que tinha uma bela família,
E quem em um dia ensolarado.
Eis que o temporal tomou o dia,
E sem despedida, sua família foi levada.
Então aquele homem radiante,
No mesmo instante,
Tornou-se uma imensa neblina.
Já não sorria, já não sonhava...
Em noites escuras e frias,
Clamava pela volta de sua família.
Mas como uma chama que se apaga,
A esperança foi se desfazendo,
E seu coração morrendo,
E sua alma evaporando...
E de pranto em pranto,
Noite em noite,
Sofrimento em sofrimento
Todo o seu lamento,
Tornou um velha casa... ao lado de um abismo.