O CAOS

Em uma pequena parte do Universo, onde se encontra o Sistema Solar inserido na via Láctea, e outras milhões de Galáxias, chamada pelo Teósofo Jacob Boehme de Terceiro Princípio, está estabelecido o caos, em função do único acidente cósmico ocorrido no Universo, causado pelo belo e poderoso Príncipe Angélico chamado Lúcifer.

Esse acidente cósmico, não com essa especificação, é claro, está mencionado em um pequeno cantinho da Bíblia, e não chama a atenção de quase ninguém, pois não é possível avaliar o seu significado, senão pela inspiração espiritual. Ei-lo: “Os anjos que não mantiveram seus domínios, mas deixaram sua própria habitação, ele os tem confinados nas trevas em algemas eternas, para o juízo do grande dia”. (Judas 1:6)

Todos os Príncipes Angélicos, com as suas respectivas Legiões, têm o seu domicílio rigorosamente determinado, do qual não devem se deslocar. O Filho, juntamente com os Príncipes Angélicos e suas Legiões, mais os quatro Querubins, representam a Luz do Universo, totalmente permeado pela Energia escura, que é o Pai. A intenção de Lúcifer era juntar todos (o Filho, os Príncipes Angélicos e suas Legiões) em uma só Luz, impondo o domínio sobre a Energia escura, o Pai, desarticulando os núcleos coníferos da energia escura e atrativa, dispostos como escamas pelos quatro braços da cruz. Lúcifer teria então, subjugado o Filho e todos os Príncipes Angélicos e finalmente o próprio Pai, assumindo o controle no Universo, pois a Luz e as Trevas não podem ocupar o mesmo lugar. O Pai, que não é tolo, rapidamente massacrou Lúcifer e as Legiões rebeldes, confinando a resultante massa contaminada, em que foram transformados, no próprio espaço que eles ocupavam, ou o Terceiro Princípio, cuja massa se tornou o amálgama (ou sopa) do ovo cósmico que deu origem a todas as galáxias com os seus integrantes. E aqui estamos nós, ínfimos resíduos dessa massa contaminada, sendo, em conjunto com todo o conteúdo do ovo cósmico, devidamente purificados, para a reposição, ou o retorno à sua origem, “no juízo do grande dia”.

O Universo, na manifestada formação crucífera, é composto de vinte e quatro espaços iguais ao ocupado pelo Terceiro Princípio, com seis Príncipes Angélicos, da mesma envergadura de Lúcifer, alinhados em cada braço da cruz, ocupando cada um o seu espaço com seus subordinados, os Anjos-Tronos e suas imensas Legiões de Anjos. No centro, no quadrilátero do Santo dos Santos, está o Coração do Universo, o Filho, guarnecido pelos quatro Querubins, conforme a Ilustração.

Vinte e três dos espaços formam o Segundo Princípio, onde reina o Santo dos Santos, o Filho, no reino da plenitude do Amor, o reino de Luz! Subjacente a tudo, ocupando a esfera universal por inteiro, inclusive no centro da Luz, está o Primeiro Princípio, ocupando todos os espaços, no amplo abraço atrativo do Pai, que em harmonia com a expansão divergente do Filho e a rotação envolvente do Espírito Santo, sustenta o Universo inteiro, entremeado pelo esplendor do Arco Íris do Senhor.

O plano de purificação e recuperação da massa contaminada, produzida em função da insubordinação de Lúcifer, está em andamento no percurso desta Geração Cósmica, sendo que 33,3% [uma terça parte] será recuperada e reintegrada à Luz, e 66,6% [duas terças partes] (Apocalipse 13:18) serão descartadas e integradas às Trevas, ou à Energia escura. (Zacarias 13:8,9)

O trono vazio do extinto Lúcifer, será ocupado por um novo Príncipe Angélico, dando início a uma nova Geração Cósmica, cujo Príncipe, virá a ser chamado Lúcifer, na reprise da Geração Cósmica. E assim, “ad infinitum et ad perpetuam rei memoriam”, porém, não se sabe se estaremos aqui novamente, ou se seremos substituídos por nossas réplicas. Particularmente, a opção é pela segunda alternativa, pois aqui o inferno é muito desagradável, mas para as duas terças partes certamente seria mais interessante participar da reprise, pois bem pior deve ser o segundo inferno... o destino da “segunda morte”, ou transformação.

P.S.- A ilustração do Universo pode ser observada na página nº 38 do e-livro “Caminho Para o Tudo”.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 10/12/2019
Código do texto: T6815540
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