Finitudes

Já ouvi que o contrário do amor é o ódio

Ouvi também que pode ser o uso,

O intrigante mesmo é a força que os sentimentos detêm sobre nós,

O ímpeto que nos move na busca daquilo que se quer.

Afinal, o que se encontra por trás das motivações que desconhecemos?

Aquelas, que o subconsciente parece produzir?

Me rendo a ele ou a razão que grita dentro de mim por espaço?

Sim, ela é quem analisa meus passos, a consequência de meus atos

Ela é responsável, priva o constrangimento, a inconveniência, a impulsividade...

Menos o erro.

É possível falhar mesmo repleto de razão.

O que seria da vida sem os seus desencontros e as escolhas fugazes?

Perderia o sentido que se encontra vestido pela experiência, pelo aprendizado, pela assimilação...

Fechar ciclos é um processo fascinante… E em mesma proporção desafiador

Isso porque nos leva ao desenvolvimento, e a possibilidade de deixar ir de forma saudável.

Além de encerrar com o desfecho que a realidade nos proporciona.

Não cabe aqui a denominação do fim como o melhor ou o ideal, esses adjetivos não correspondem ao verdadeiro.

Eles constituem as fantasias, fruto da imaginação humana.

Isso talvez justifique a vertente desafiadora dessa vivência,

O palpável foge a ilusão, ele não cumpre obrigatoriamente as expectativas.

Lidar com isso, é parte do processo.

Pensar que o fim organiza o começo me parece confortante.

Com sua capacidade de nos abrir para novas vivências, novos começos, e por mais melancólico que possa soar para alguns, novos desfechos….

É a vida nos reciclando, e a cada novo ciclo nos fazendo mais humanos,

Nus de nós mesmo e de nossas pretensões,

Abertos a uma realidade que nos chama, a com os pés no chão, trilhar novos caminhos, novos sonhos, novos momentos...

Vanessa Guimarães
Enviado por Vanessa Guimarães em 09/12/2019
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