Finitudes
Já ouvi que o contrário do amor é o ódio
Ouvi também que pode ser o uso,
O intrigante mesmo é a força que os sentimentos detêm sobre nós,
O ímpeto que nos move na busca daquilo que se quer.
Afinal, o que se encontra por trás das motivações que desconhecemos?
Aquelas, que o subconsciente parece produzir?
Me rendo a ele ou a razão que grita dentro de mim por espaço?
Sim, ela é quem analisa meus passos, a consequência de meus atos
Ela é responsável, priva o constrangimento, a inconveniência, a impulsividade...
Menos o erro.
É possível falhar mesmo repleto de razão.
O que seria da vida sem os seus desencontros e as escolhas fugazes?
Perderia o sentido que se encontra vestido pela experiência, pelo aprendizado, pela assimilação...
Fechar ciclos é um processo fascinante… E em mesma proporção desafiador
Isso porque nos leva ao desenvolvimento, e a possibilidade de deixar ir de forma saudável.
Além de encerrar com o desfecho que a realidade nos proporciona.
Não cabe aqui a denominação do fim como o melhor ou o ideal, esses adjetivos não correspondem ao verdadeiro.
Eles constituem as fantasias, fruto da imaginação humana.
Isso talvez justifique a vertente desafiadora dessa vivência,
O palpável foge a ilusão, ele não cumpre obrigatoriamente as expectativas.
Lidar com isso, é parte do processo.
Pensar que o fim organiza o começo me parece confortante.
Com sua capacidade de nos abrir para novas vivências, novos começos, e por mais melancólico que possa soar para alguns, novos desfechos….
É a vida nos reciclando, e a cada novo ciclo nos fazendo mais humanos,
Nus de nós mesmo e de nossas pretensões,
Abertos a uma realidade que nos chama, a com os pés no chão, trilhar novos caminhos, novos sonhos, novos momentos...