AWEN - na Essência

Eu morri como mineral, uma pedra, e me tornei uma planta

Eu morri como planta e renasci animal

Eu morri como um animal e depois eu era um homem

e muitas vezes eu morri e vivi como homem

Por quê eu deveria temer perder-me na morte?

Todas as vidas passam, até mesmo a vida dos Anjos

somente Deus é imperecível

Quando deixei de ser uma alma angelical

eu passe a Ser algo que a mente nem pode conceber

Oh, deixe-me Não-Existir; deixe-me Estar na Não-Existência

Deixe-me voltar a Ele

(Maulana Jalaladim Maomé - Rumi, o Mevlana) - Aquela essência é Awen, aquele regressar e conetar de novo com a fonte. Aquele respirar sem mais nada a aguardar na vida, é o inicio do caminho, que um dia perdemos, de volta aos braços da mãe - que sofreu, ao ver-nos partir, mas que sabe, que precisávamos medrar, procurar nossa guia, nossa própria pegada - Ela, então, passou a aguardar na sombra o dia do nosso regresso. Sabemos que vai acontecer, porque o regresso, sempre é preciso (e sempre acontece: inspirar e expirar – sair da fonte e voltar) - E também precioso. Temos uma joia no verdadeiro coração, o espiritual, mas está tão perto nossa e tão longe da nossa psique, que achamos, por fora se realiza a caminhada (mas nossa luz sempre bate a a porta por dentro)... Lembra, que aquele coração, que agora comanda tua vida, é o coração físico, que vibra a cada embate da vida, que suspira pelos desejos, que sucumbe, ante tuas diferentes sedes de obter. Sedes libertas para saciar as paixões desarmoniosas do ego: personalidade medrando a costa da nossa verdadeira natureza.

Escuta o coração interior, que em outros mares navega. O coração espiritual cria teu amor fraterno, une, acolhe (da taça da Grande Mae partiu, e a ela volta continuamente, quando o amor com sabedoria, em nossa intiutiva voz, pondera). O coração físico se rende sempre ao ego - procura com bravura o amor apaixonado, queima a vida, em falsas experiências: divide, quebra o união do fraterno. Muitas vezes profana, ate mesmo a inocência. Sem inocência o mundo decai, e o belo, perde consistência... Muitas outras, esse dominador cego vence até mesmo a mais clara das existências, e os seres humanos caem na obscuridade, e com ela, no trunfo do grande medo - na guerra, na violência, no local onde palavra sagrada, com sangue se enterra... Mas tu que tens, agora, uma oportunidade de eleger (em cada momento, oportuna, ela surje) - acho, que o podes fazer, falando antes com o sol, que sempre te aquece por dentro: deixa, que ele te transforme, te eleve a não - existência, fora de toda violência... Onde o amor todo no nada se condensa.