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Em um determinado momento da evolução do ser humano, que nunca poderemos identificar, o Homem Primitivo teve o seu intelecto formatado, passando imediatamente para a condição de Homem Habilidoso, com a capacidade de pensar, raciocinar, construir ideias, adquirir conhecimentos cumulativos, relacionados a todas as suas circunstâncias. Porém, essa capacidade adquirida, implícita na natureza humana, tem as suas limitações, e muitas vezes defronta-se com questões para as quais não são encontradas as respostas, e daí surgem as inquietações, que produzem a ansiedade e a angústia.
Nessa busca persistente, a ferramenta natural, é claro, é o intelecto, que confere à racionalidade, a capacidade de construir a lógica, como sendo o certificado do raciocínio concluso. Ocorre que muitas vezes não se consegue transformar o raciocínio em conhecimento lógico, por falta de uma comprovação que não foi alcançada, permanecendo aquele raciocínio como uma simples teoria, assim como pode existir uma verdade plenamente admitida, sem que seja possível estabelecer conclusivamente toda a sua profundidade, como é o caso das sucessivas e infinitas transformações. A ciência pode observar às vezes, algumas etapas das transformações, mas nunca toda a sua extensão. Se algum dia os cientistas conseguirem chegar ao topo dessa alta montanha, encontrarão lá reunidos: Zenão de Eléia (490 a.C.-430 a.C.), Jacob Boehme (1575-1624), Baruch de Spinoza (1632-1677), Antoine L. Lavoisier (1743-1794), Albert Einstein (1879-1955), Pierre T. de Chardin (1881-1955), Huberto Rohden (1893-1981), todos ali reunidos há muito tempo, e ainda Robert Jastrow (1925-2008) tentando se juntar ao grupo. Nesse instante, os cientistas, muito a contragosto, terão que admitir que a espiritualidade sempre se antecipa à racionalidade.
Como uma verdade plenamente reconhecida, mas cuja profundidade e extensão não foi percebida pela própria ciência, decorridos mais de dois séculos da sua descoberta, temos a conclusão de Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, e podemos ampliar o seu alcance na sua forma de expressão: “No Universo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, por onde se pode concluir que a própria morte nunca existiu, não existe e jamais existirá em todo o Universo. Na verdade, a expressão morte apenas identifica o exato momento da transição de um estágio para outro estágio, em uma ampla, infinita e ininterrupta sequência de transformações.
A complexidade acessível, nessa prodigiosa trajetória das transformações, está apenas na compreensão da etapa inicial e da etapa final do ciclo existencial, entre as quais ocorrem eventos visíveis, invisíveis, perceptíveis e imperceptíveis, ao longo de um tempo enorme, que a nossa minúscula longevidade não pode acompanhar. Como previu Albert Einstein, resta-nos única e exclusivamente, a intuição para que possamos compreender as leis do Universo, o que individualiza e restringe radicalmente o intercâmbio dessa eventual percepção. A intuição é o canal por onde fluem os insights espirituais, que, como está escrito, são compreensíveis exclusivamente de espírito para espírito, pois as coisas espirituais são loucura para a racionalidade, assim como as inconsequências racionais são loucura para o espírito.
O Universo dispõe a sua estrutura sobre sete esferas e sete quadriláteros imbricados e envoltos pelo Arco Íris do Senhor, totalmente preenchidos pela Energia Centrípeta, atrativa e convergente, concentrada em compartimentos coníferos, dispostos como escamas, em forma crucífera, onde são alocados os vinte e quatro Príncipes Angélicos com as suas respectivas Legiões, todos circulando ao redor do Coração do Universo, postado no centro do maravilhoso Carrossel Cósmico, como a manifestação de Deus, através da Energia Centrífuga, expansiva, oblíqua e divergente, consolidando as configurações através da Energia Rotativa e envolvente. Temos então. a Antítese, na Energia Centrípeta que não se revela, onde se encontra a Vontade: a Tese, na Energia Centrífuga que revela toda a manifestação da Vontade; e a conciliação entre ambas, harmonizadas pela Síntese, na Energia Rotativa, que envolve e configura todas as manifestações da Vontade. Esse entrosamento está em Deus, o Universo, formado pela Tríplice e Eterna Aliança, entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, onde está a origem de tudo o que vemos e conhecemos, e de tudo o que não vemos e não conhecemos, e também, para onde tudo retorna, pela ininterrupta e infinita sequência das transformações, no encerramento de cada ciclo da Geração Cósmica: das Trevas, que não se revelam, e da Luz que se revela, para as mesmas Trevas, na diluição, no oceano da Energia Centrípeta, e para a mesma Luz, como corpos resplandecentes, integrados à Energia Centrífuga, e assim, infinita e eternamente.
A corporificação na Luz, está bem evidente em (Salmos 139:12 – As Trevas e a Luz são a mesma coisa.) (Sabedoria 3:7 – No dia do julgamento, eles resplandecerão.) (Isaías 26:19 – A terra devolverá seus mortos à luz.) (Isaías 45:7 – Eu formo a luz e produzo as trevas.) (Daniel 12:3 – Os sábios brilharão para sempre como estrelas.) (Mateus 13:43 – Então os justos resplandecerão como o sol.) (João 8:12 – Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.) (I Coríntios 15:51,52 – Todos nós seremos transformados.) (II Coríntios 4:6 – Porque Deus que disse: Das trevas brilhará a luz.) (Filipenses 3:20,21 – Cristo transformará o corpo da nossa humilhação, para ser semelhante ao corpo da sua glória.) (Efésios 5:8,9 – No passado éreis trevas, mas agora sois luz, pois o fruto da luz está na bondade, justiça e verdade.)
E é por meio de Cristo, que temos tal confiança em Deus. Não que sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se viesse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Foi Ele quem também nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito, porque a letra mata, mas o Espírito dá vida. (II Coríntios 3:4,5,6)
Não temos recebido o espírito do mundo, mas, sim, o Espírito que vem de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus. Também falamos dessas coisas, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais. (I Coríntios 2:12,13)
Com efeito, Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794), o químico francês, teve o privilégio da percepção do predomínio das sucessivas transformações existenciais, há duzentos e vinte e cinco anos atrás, cuja percepção talvez viesse a ser ampliada, não fosse a sua morte tão precoce, guilhotinado pela revolução francesa. A Humanidade e a sua horrível história!
Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena que todos os homens, em todos os lugares, se arrependam. (Atos 17:30)