Sucesso ou felicidade?
Todos querem sucesso e felicidade: o preto, o branco, o pobre, o rico — sim!, o diabo. Mas quantos querem arregaçar as mangas e pagar o preço necessário para tal?
No campo do sucesso: um (bom) carro, uma (boa) casa, seu próprio negócio ou um (bom) emprego; reconhecimento internacional, títulos, honrarias. No que diz respeito à felicidade, querem ser uma espécie de Harvey Specter ou Jessica Pearson acrescido de uma família linda, amorosa, com sorrisos fáceis e tempo para viagens — o workaholic, nessa concepção, é infeliz.
Mas quantos almejam, diariamente, conhecimento, aprendizado? Quantos acordam pedindo perdão e a renovar, com condutas, as juras de amor aos seus? Quem pede a Deus, logo pela manhã, que o dia seja repleto de trabalho?
Se somos humanos, se nosso destino é pecar (Nelson Rodrigues), sem querer ser bobo numa espécie de dar a chave para o sucesso (não há) ou o caminho para a felicidade (que é subjetiva, momentânea), e igualmente sem pretensões de ser coach ou autor de livros de 10 ou 15 lições para se chegar a tal: ouso dizer apenas que o segredo certamente perpassará pela vontade de, a cada dia, errar novas coisas, errar melhor.
Por quê? Pela simples constatação, a um só tempo, de sua sede por conhecimento e de que estará, ao errar, efetivamente agindo. Isso é no trabalho, no amor, nos estudos.
Em linhas de conclusão: agradeça — sempre, erre — porque é humano, mas não os repita, melhore, aperfeiçoe-se. Não tenha vergonha de amar, não tenha vergonha de tentar e fracassar, de recomeçar, tudo em busca do que você — e só você — entende como ideal de felicidade.