A PALAVRA COMO HABITAT

É a modéstia de um dizer pequeno que re-apresenta o mundo através de um caco qualquer de realidade. Ele funda uma perspectiva, um modo de sentir e saber, que configura a existência como ethos, que define uma forma de vida, um dizível que dá forma ao invisível.

A palavra é nosso lugar de mundo. Através dela nos inventamos e reinventamos, sem nos dar plenamente conta do quanto a consciência é um ato de criação, não um reflexo do mundo como exterioridade. Mas nossa própria lugar de ser.

Em suma, habitamos palavras, desenraizados de nós mesmos.